Tanto

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Tudo sempre muda tanto

E eu menino-antigo sigo ávido por infinito acalanto

Observando o mundo estatelado no meu canto

 

Silencio ante cachoeiras de palavras

Rego jardins de cantatas

Enraízo-me no lirismo das lunetas abstratas

Nos floresceres magistrais enxergo sacadas de serenatas

 

Vejo e procuro não pensar

Avisto e não paro de andar

As águas vão batendo e assim aprendo a nadar

Bravas braçadas, nada de bravatas, para não naufragar

_PAULO DE TARSO PORRELLI