Numa entrevista à Folha de S. Paulo o publicitário Washington Olivetto disse certa vez que “a tecnologia permite fazer qualquer coisa, mas o fundamental é o conteúdo. Temos que buscar o que é politicamente saudável, que respeita a inteligência.”
Essa boa lembrança me ocorre num momento em que busco fazer o melhor uso das mídias sociais, na divulgação do meu trabalho literário; ainda que timidamente – como panaceia a esse tempo de tamanhos ruídos.
Mas eis que, no meio disso tudo e para o bem dos amantes do rádio, fico sabendo via Instagram que está no ar a majestosa Rádio Sabiá. De cara uma emissora elegantemente musical e sabiamente informativa. Pudera: em sua concepção, mentoria e equipe estão nomes de craques como Ana Adams; Julinho Mazzei; Paulo Mai; Dudão Melo; Rose de Oliveira; Flávio Mendes; Duda Leite; Ana Michaelis (autora da bela aquarela que dá vida ao logotipo da rádio) e a novata e não menos talentosa Gabi de Oliveira – uma graciosa menina a nos contar tudo sobre a vida animal. O que mostra o espírito duma equipe colaborativa, unida para nos presentear fazendo rádio de verdade.
Muito bem! Eletrizante e vivaz, a força do rádio fez-me muitas vezes querer desmontar o ‘Transglobe Philco’ lá de casa. Os anos eram 60 e eu ainda garoto acreditava na existência de miniaturas de gente dentro daquele aparelho eletro mágico a ecoar vozes e cânticos por todos os cantos. Ter um microfone diante de si é uma dádiva de imensurável serventia humanitária. Orientar civilizações a viverem conectadas a seu tempo-espaço e a melhorarem o bem-estar comum, neste mundo tão controverso, é tarefa das mais gratas no front daquilo que hoje tomo a liberdade de denominar ‘era da verdade’. Se for diferente, nada nos restará.
E é isso que sinto ao ouvir a Rádio Sabiá, o prazer em transmitir verdades com sutileza e harmonia, levando-nos a voos e imaginários sem fronteiras – https://www.radiosabia.com/